Aonde está o inconsciente?

Que tal começarmos  a refletir sobre essa questão olhando a nosso redor? Fim de expediente, trânsito fluindo, papo nos bares, profissionais terminando sua jornada de trabalho. No trânsito, nos bares, nas ruas, uma concentração de emoções: alegria, irritação, ansiedade, tranquilidade, expectativas, em constante interação. Todas oriundas dos corpos que fazem parte desse movimento.

Certamente basta um minuto de percepção mais apurada para chegarmos a conclusão de que há uma teia invisível, uma orquestra silenciosa atrás disso tudo. Todo agrupamento humano tem uma natureza invisível que é nada mais nada menos do que o somatório de emoções ali presentes. Dependendo desse somatório teremos ambientes mais ou menos agradáveis, mais ou menos fluentes, leves ou pesados.

Portanto, fazemos parte dessa teia invisível e mais do que isso, somos ela!

Onde se situa esse sistema oculto em nossos corpos?

Vamos tentar descrevê-la de forma muitíssimo sucinta, mas abrangente e mais didática possível:

Nosso inconsciente é formado por correntes psíquicas que se deslocam por “canais” da natureza sutil, ou nadis da raiz sânscrita nad que significa movimento/rios. Sim, temos correntes psíquicas se deslocando em nossos corpos físicos, em movimentos espiralados e constantes. Esses canais, com muita constância são obstruídos por “resíduos” emocionais, padrões mentais negativos, traumas, sofrimentos, oriundos em sua maioria na infância.

Esta mais do que na hora de absorvermos a ideia de que temos emoções e sentimentos se deslocando por todo o corpo. Estranho seria se não tivéssemos!

Os canais sutis se condensam em 7 centros energéticos, “rodas” de energia ou chakras, que se distribuem verticalmente na medula. O 1º na base da coluna e o último no topo da cabeça.  Nos centros inferiores se concentram  sentimentos negativos mais densos, pesados, de pouca fluidez. Nos superiores estão os sentimentos positivos, mais leves, de maior fluidez. E sabemos disso, pois constantemente classificamos pessoas como “pesadas” ou “leves”, positivas ou negativas, “pra cima” ou “pra baixo” de acordo com as emoções que emitem. Não é atoa que nos referimos “pra cima” como algo positivo, não é mesmo?

As bases de nossos centros energéticos ou chakras se situam num importante e único canal central, denominado canal Sushumna ou Sushumna Nadi que é na realidade o suporte de todo nosso sistema psicofísico. Nada menos do que isso.

Estamos portanto diante de um sistema completo, de natureza potentíssima, que transcende e muito a nossa natureza física.

Ela contém, de fato, a essência da vida. É a sustentação de nosso corpo físico. Seus canais e centros são sedes de emoção e inteligência com uma proposta de constante renovação e refinamento. Que é ainda de difícil aceitação no pensamento ocidental.

Nossa jovem cultura insiste numa resistência pueril em negar um legado ancestral de tal magnitude.

Não podemos aprofundar o conhecimento, acessar ou interferir num sistema de tal sutileza, sem experimentá-lo diretamente, sem exercitar novas ferramentas e técnicas. Sem desenvolver uma nova escuta. É necessária uma prática consciente, regular e sistematizada.

Muito se fala sobre o sistema de chakras, tratando-o sistematicamente como uma corrente eletromagnética qualquer. Não podemos trabalhar com um sistema de tal importância e refinamento de forma superficial, tratando-o como uma “energia vazia”, sem qualidade e sem nome.

Impossível a promessa de curas milagrosas de toda sorte de distúrbios emocionais, de forma fácil e num mínimo de tempo. Perigoso mesmo. Tratamentos de longo prazo continuam, na maioria das vezes, imprescindíveis para tratar os mais diversos quadros de transtornos psíquicos de maior intensidade. Ansiedades profundas, depressões intensas, fobias e outras mais, oriundas de núcleos profundos da personalidade. Hoje com a absoluta e definitiva diferença de termos a nosso dispor o conhecimento da verdadeira natureza, localização e dinâmica de nosso inconsciente.

Nosso inconsciente tem sua base no canal sutil central de nosso Corpo Sutil, denominado O. Sushumna, que é o suporte de todo nosso sistema psicofísico.

A cura existe. E não mais apenas a supressão de sintomas ou novas direções comportamentais.  Já nos é possível interferir de forma direta e definitiva nas reais raízes dos sintomas. Feridas emocionais profundas podem ser eliminadas e assim os canais sutis vão se desobstruindo, na medida em que sofrimentos vem á tona e são transmutados.

Há uma verdadeira revolução de técnicas se processando e precisamos cuidar bem disso.      

Todas as Psicoterapias ou técnicas realmente eficientes de acesso a nossos conteúdos inconscientes, todo alívio, reconquista de liberdade, de espaço interno, toda interferência e cura de feridas emocionais superficiais ou profundas se deve, sempre, a desobstrução de nossos canais sutis. Sem nenhuma exceção.

E já há uma imensa leva de físicos, metafísicos, filósofos, médicos, psicólogos, neurocientistas que compartilham a ideia de que o corpo nada mais é do que uma manifestação física de energias que juntas criam uma “entidade” muito mais potente do que percebemos a olho nu.

E que voltam seu espírito de pesquisa e sua própria disposição pessoal para a experiência na busca do caráter sutil, vibrante e integrado da natureza humana, ultrapassando a limitação imposta pela aparente concretude de seus corpos.

Nada é mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou

Victor Hugo