Por que é importante meditar?
Por inúmeros motivos, entre eles:
- Porque na turbulência e ruído dos tempos atuais é imperativo que busquemos a completa imersão em nosso silêncio mais profundo, onde habitam a paz, a alegria, e outras tantas qualidades que constituem nossa verdadeira natureza.
- Porque somos seres humanos e o melhor que podemos fazer é reconquistarmos nossa humanidade.
- Porque assim silenciamos nossa mente, cessando sua hiperatividade e levando-a ao encontro de suas qualidades latentes, que aguardam serem resgatadas.
- Porque ao silenciar nossas mentes, conquistamos enriquecimento e tranquilidade em nosso sistema como um todo (físico e sutil), provocando profundas transformações funcionais e estruturais em nosso cérebro.
- Porque os imensos benefícios da meditação vem sendo comprovados cientificamente através de toda sorte de experimentos, pesquisa e conclusões.
O que é, de fato, a meditação?
Muito se fala em meditação na cultura Ocidental, sobretudo de duas décadas para cá. Mas permanecem muitas dúvidas a respeito de técnicas e objetivos, além da busca de caminhos fáceis.
Para se tornar um potencial praticante há um único pré-requisito: meditar, querendo se tornar um praticante experiente, um ser humano mais livre e mais feliz.
A meditação é, antes de tudo, uma prática, que nos leva gradativamente a descoberta e ao encontro das ricas e transformadoras qualidades latentes em nosso interior.
Essas são verdades “supra mentais, portanto “além da mente”, cuja a “presença” é reconhecida por todo ser humano: a alegria, a liberdade, a ternura.
Há quem possa afirmar que a alegria não existe?
São, portanto, universais e atemporais. Não possuem raça, credo, ideologia ou classe social. E elas virão inexoravelmente à tona com a continuidade do processo da meditação. Devemos, então, passar a cultivá-las com atenção e constância, inclusive através de ações e atitudes corretas até que passem a habitar definitivamente nossa “paisagem mental”. Uma qualidade ou um novo tipo de comportamento só se instala definitivamente em nossa mente quando as células do cérebro ficam impregnadas dele. Nada menos do que isso. Essa deve ser a meta!
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Como meditar?
- Busque um local tranquilo, que possa ser sempre o mesmo.
- Sente-se numa postura adequada. Se a postura é muito relaxada pode nos levar a um torpor ou diminuição de nossos propósitos. Se é muito rígida pode gerar agitação mental. Escolha sentar no chão em posição de lótus,ou numa cadeira c espaldar confortável, ou numa almofada alta. Lembre-se que a postura influi no estado mental e
vice-versa. - Estabilize sua mente. Nossa mente, normalmente oscilante e preocupada deve estar disponível e concentrada. Isto não significa impor-lhe mais restrições , mas libertá-la dos automatismos e turbulências. Escolha um foco (um objeto de sua preferência, uma flor, um lugar na natureza). Ou, simplesmente, observe sua respiração : o ar queentra o ar que sai.
- Prática regular. Todo treinamento exige esforços e toda mudança encontra resistências. É preciso aprender a superar os obstáculos: preguiça, falta de determinação,aparecimento desconfortável de padrões e crenças limitadores que estavam escondidos. Isso, de fato é o início da cura, sinal da desobstrução dos canais sutis.
- Duração. De início não se preocupe com o tempo. Comece com 15 min diários por exemplo. Aos poucos a necessidade de aumentar o tempo surgirá espontaneamente. O importante é vencer o desconforto
inicial.
Não é fácil superar os primeiros estágios. O processo de aprofundamento na meditação é como o da água limpa querendo passar por um cano enferrujado. A água empurra o ferrugem, assim como a pureza latente de nossa mente começa a expulsar os padrões desconfortantes que se manifestam.
Devemos ancorar nossa prática lendo bons livros, buscando professores competentes, como em qualquer aprendizado.
Uma ajuda eficaz é frequentar grupos que praticam meditar em conjunto, uma vez por semana ao menos. Compartilhar as dificuldades, os acertos, os insights. Uma grande fonte de estímulo.
Insista!
Aos poucos a meditação lhe ensinará a meditar. Cenas e insights virão a tona e você irá se familiarizar com suas experiências. Quanto mais fundo você for, mais fundo você desejará ir.
O prazer, o silêncio, as experiências o atrairão feito uma droga viciante.
Com o tempo o estado meditativo se incorporará a seu quotidiano como uma 2ª natureza, a qual poderá recorrer sempre que precisar. A meditação pode e deve, se necessário, ser complementada com psicoterapias ou outras técnicas que pressuponham a existência de um corpo sutil.
O estado meditativo é fonte de enorme poder e ao mesmo tempo de grande pureza de sentimentos e hábitos. Nada melhor do que estarmos envolvidos no burburinho do dia a dia e ao mesmo tempo mergulhados num estado aparentemente vazio, mas protetor e de extrema presença. Ou constatarmos que nossos julgamentos vão sendo pouco a pouco sendo absorvidos por uma avaliação isenta de apegos, clara e precisa.
Ao silenciarmos nossa mente novas qualidades humanas são cultivadas. Melhoramos a nós mesmos e aos ambientes que nos cercam.
“A meditação é a mais completa forma de auto-conhecimento”
Tartang Tulku